Prefeita Emília Corrêa e ministro Márcio Macêdo discutem inclusão social de catadores e catadoras de Aracaju
A prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, se reuniu nesta sexta-feira, 25, com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, para discutir o projeto Conexão Cidadã e o programa Pró-Catador. As iniciativas visam promover a inclusão social e o apoio a catadores de materiais recicláveis, fortalecendo políticas públicas voltadas à cidadania e sustentabilidade.
O encontro teve como principal finalidade alinhar as demandas relacionadas à implantação do projeto Conexão Cidadã em Aracaju, voltado à promoção da inclusão social, especialmente para populações em situação de vulnerabilidade. Durante o encontro, foram consolidadas pautas fundamentais ligadas ao acolhimento social de catadores e catadoras de materiais recicláveis, com destaque para o encaminhamento dessas pessoas à emissão de documentos básicos e ao acesso a programas sociais disponibilizados pela administração municipal. Também foi definida a participação dos catadores no Forró Caju, atuando diretamente na coleta seletiva dos resíduos gerados durante o evento.
De acordo com a prefeita Emília Corrêa, a parceria trará resultados positivos para os catadores e catadoras de Aracaju, promovendo autonomia e resgatando a dignidade dos trabalhadores autônomos. Ela reforçou o compromisso da gestão em contribuir com o que for possível para melhorar a qualidade de vida desses agentes ambientais tão essenciais para a cidade. “Vamos aderir ao programa Pró-Catadores e ao projeto Conexão Cidadã, que também representa um passo importante na valorização dessas pessoas. Muitos deles enfrentam situações de invisibilidade social, estão em situação de rua e não possuem documentação. A Prefeitura, em conjunto com o Governo Federal, vai garantir o acesso a esses serviços, com foco no cuidado com as pessoas e no fortalecimento da atuação desses profissionais”, pontuou.
O ministro Márcio Macêdo explicou que o projeto-piloto Conexão Cidadã está presente em sete capitais brasileiras, onde o governo federal entrega à prefeitura e à associação dos catadores um trailer para promover atendimento coletivo e individual. “Esse trailer tem televisão, tem banheiro, de forma muito digna para percorrer as ruas da cidade, identificar os catadores autônomos, que muitos deles estão sem documentos, e uma boa parte doentes, não têm acesso aos programas sociais, ao CadÚnico, têm muitas vezes problemas judiciais. O que nós estamos fazendo aqui é uma parceria do governo federal, prefeitura, governo do estado e cooperativas de catadores. E nós queremos muito que o programa de Aracaju seja piloto, bem-sucedido, para que a gente possa levar isso para o Brasil inteiro”, destacou.
Inclusão socioambiental
O próximo passo será a formalização de um termo de cooperação técnica entre as instituições envolvidas, consolidando o compromisso intersetorial para a execução do projeto. Também foi instituído um plano de trabalho voltado à organização das ações e ao fortalecimento da rede de apoio aos catadores e catadoras, especialmente aqueles que atuam de forma autônoma e estão fora de sindicatos ou associações. O diálogo passará a envolver representantes das secretarias municipais da Saúde (SMS), da Família e Assistência Social (Semfas), do Meio Ambiente (Sema), da Educação (Semed), da Guarda Municipal e da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb).
Para a secretária da Semfas, Simone Valadares, que está coordenando o grupo de trabalho, a orientação da prefeita Emília Corrêa é avançar e dar celeridade ao que corresponde à gestão municipal. “A gente quer incluir, principalmente, o catador e a catadora que não está em nenhum sindicato, em nenhuma associação. Ele é invisível mesmo. E nós iremos, todos os órgãos envolvidos, prestar o serviço que for necessário para que ele tenha garantido a sua cidadania. Estamos avançando bem nesse projeto”, garantiu.
O catador autônomo Rinaldo Virgino dos Santos destacou a relevância da iniciativa. Para ele, o projeto já deveria ter chegado a Aracaju há mais tempo e se expandido para outras regiões do estado. “Eu vejo que há riqueza no lixo, e quem trabalha com isso precisa de apoio”, afirmou o trabalhador, que atua como vigilante, mas complementa a renda exercendo a atividade de catador.
Presenças
A reunião contou ainda com a participação do vice-prefeito e secretário da Comunicação Social, Ricardo Marques; do secretário Municipal de Governo, Itamar Bezerra; da secretária Municipal do Meio Ambiente, Emília Golzio; do presidente da Emsurb, Hugo Esoj; da presidente Fundação Municipal de Formação para o Trabalho, Melissa Rollemberg; além dos representantes do Sebrae Sergipe, da Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic), da Cooperativa dos Agentes Autônomos de Reciclagem de Aracaju (Care) e da Associação Nacional de Catadores (Ancat).
Foto: Karla Tavares/PMA
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