CUT-SE denuncia gestão de Pedra Mole por desvalorização de profissionais em concurso publico

A Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) denuncia a Prefeitura de Pedra Mole pela publicação do edital de concurso público que desvaloriza profissionais com formação superior propondo uma remuneração de R$ 1.518,00, no valor do salário mínimo, para assistente social, psicólogo, fisioterapeuta e fonoaudiólogo.

Dirigente do Sindasse, Anselmo Menezes declarou que a tabela salarial publicada pela Prefeitura de Pedra Mole é aviltante.

“Isso é um falta de respeito com a política de assistência social. Fica parecendo que eles botam este valor baixo para que ninguém se inscreva no concurso. É uma enorme desvalorização da formação profissional”, afirmou Anselmo Menezes.

A presidenta do Sinpsi, Daiana Alves, registrou na quinta-feira, dia 5 de junho, uma representação junto ao Ministério Público contra a Prefeitura de Pedra Mole pela publicação do edital de concurso com esta tabela salarial rebaixada. E a representação ao MP já deu origem a uma “Notícia de Fato” na Promotoria de Justiça de Frei Paulo.

“O edital de Pedra Mole é uma afronta e desrespeito às(aos) psicólogas(os) e demais categorias de nível superior do estado de Sergipe! O prefeito José Augusto Andrade, do município de Pedra Mole, promove a desvalorização profissional com o lançamento de concurso público que promete pagar salário mínimo (R$ 1.518,00) para profissionais psicólogas(os) e de outras categorias como serviço social, fisioterapia, fonoaudiologia, farmácia, nutricionistas e médico veterinário. Com esse ato, o prefeito não reconhece a importância desses profissionais, muito menos promove saúde para a população da cidade de Pedra Mole, pois com baixo salário a rotatividade ou escassez de profissionais será constante impactando o atendimento de qualidade e continuado à população”, avaliou a sindicalista.

Daiana Alves acrescentou que as condições de trabalho, na maioria das unidades do SUAS, são precárias, e não há intervenção de nenhum órgão fiscalizador para melhorar tal situação. Em outras áreas e profissões até ocorrem interdições e fechamento dos locais até que sejam sanados os problemas.

“O que ocorre, em boa parte dos municípios sergipanos, são unidades do Sistema Único de Assistência Social em funcionamento, seguindo o exemplo das “mães sobrecarregadas” e destinadas para cuidar de todas as pessoas e famílias, a fim de promover os direitos humanos, violando direitos dos trabalhadores”, denunciou a psicóloga Daiana (Sinpsi).

A presidenta do Sinpsi afirmou que a Psicologia é uma profissão regulamentada há 62 anos e, ao longo dessas seis décadas, tem se fortalecido como espaço de atuação técnica, científica e política de promoção de cuidado à saúde e da dignidade humana através das diversas áreas de atuação, seja no setor público ou privado, por isso não pode ser tratada desta forma.

“Fiz o levantamento de dados no site da prefeitura de Pedra Mole e registrei representação na ouvidoria do MP, pois há desconformidade com a lei municipal que destina 1 vaga para psicólogo, com salário de R$ 3.200,00, para 40h semanais. Além disso, descobri que no município já existem 4 psicólogas contratadas , atuando em funções que deveriam ser permanentes, e o prefeito não cria mais cargos para ampliar o quadro efetivo”, declarou Daiana Alves.

O Sindinutrise/SE também se manifestou contra os baixos salários no edital do concurso da Prefeitura de Pedra Mole.

Confira a NOTA de Repúdio do Sindinutrise:

O Sindicato de Nutricionistas do Estado de Sergipe (SINDINUTRISE), conjuntamente com a Federal Nacional dos Nutricionistas (FNN), vem através desta nota repudiar veemente o Edital do Concurso Público 001/2025, publicado pela Prefeitura Municipal de Pedra Mole, em Sergipe, que ofertou uma (01) vaga para nutricionista, com carga horária semanal de 20 horas e salário de R$ 1.518,00.

O Nutricionista é um profissional de saúde, de nível superior, e deve receber salários próximos ao recomendado pela sua Entidade Sindical, equivalente a R$ 2.769,37 para 20 horas semanais. Considerando a Lei 8.080/90 do Sistema Único de Saúde (SUS), onde se define que a alimentação constitui um dos fatores determinantes e condicionantes da saúde da população, cujo níveis expressam a organização social e econômica do país. O Nutricionista é um grande aliado nas políticas públicas e redução dos gastos públicos atuando na prevenção, promoção e recuperação da saúde, além da qualidade de vida e segurança alimentar e nutricional da população.

Qualquer que seja a Secretária de lotação, saúde, educação ou assistência social, o profissional de Nutrição merece mais respeito, dignidade e valorização, visto que a política salarial vigente fragiliza a sua carreira.

Diante do exposto, solicitamos a revisão imediata do Edital, o aumento na oferta de vagas e a valorização justa do vencimento proposto para o nutricionista, compatível com a sua importância, atribuições e contribuições para toda a sociedade.

Por Iracema Corso

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